Prisão dos suspeitos de envolvimento na morte de jovem baleado na cabeça em Feira de Santana é decretada; família pede justiça
18/12/2024
(Foto: Reprodução) Parentes decidiram ajudar outras pessoas com a doação de órgão do jovem de 20 anos, assassinado por engano. Polícia decreta prisão dos suspeitos de matar jovem por engano na Bahia
A Polícia Civil informou, nesta quarta-feira (18), que foi decretada a prisão preventiva dos dois suspeitos de envolvimento na morte do jovem Kauan Gomes, de 20 anos, em Feira de Santana. Ele foi baleado na cabeça e morreu na terça (17), após passar quatro dias hospitalizado. [Veja detalhes abaixo]
O homem apontado como autor do disparo foi identificado como Adriano Oliveira Azevedo, de 35 anos. Conforme a polícia, ele é envolvido com tráfico de drogas e responde por violência doméstica. O outro investigado é Nadson Araújo Oliveira, 39 anos, que dirigia o carro em que estava o atirador no momento da ação.
Kauan estava internado no Hospital Geral Clériston Andrade, onde teve morte encefálica confirmada. Entretanto, ainda não há horário e local definido para o velório e sepultamento.
RELEMBRE: Jovem é morto com tiro na cabeça em Feira de Santana
Adriano Oliveira Azevedo é procurado por suspeita de ter atirado em Kauan Gomes
Polícia Civil de Feira de Santana
Em entrevista ao Bahia Meio Dia da TV Subaé, o primo de Kauan, Renerio Alves, revelou que a família decidiu ajudar outras pessoas através da doação de órgão do jovem.
“É um gesto de amor e solidariedade. Apesar de todo o sofrimento, minha tia [mãe de Kauan] encontrou um propósito salvando outras vidas”, destacou.
Renerio disse ainda que espera a solução do caso para que os familiares consigam ter paz. “Não queremos vingança, queremos justiça. A impunidade não pode continuar. É preciso que o poder público tome medidas para evitar que tragédias como essa se repitam”, desabafou.
Segundo outro primo, Reinaldo Silva, ele era reservado e dedicado aos estudos. “Kauan era tranquilo, ficava jogando em casa e tinha poucos amigos. A família sempre foi muito protetora com ele”, contou.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu após o atirador confundir o carro onde a vítima estava com o de outra pessoa. Kauan seguia a caminho do trabalho em uma academia de CrossFit, onde atuava desde que iniciou o curso de Educação Física.
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Família de jovem morto por engano em Feira de Santana pede justiça
Entenda o crime
Entre a madrugada de quinta (12) e a manhã da sexta (13): o autor do disparo passou a madrugada bebendo com um amigo e uma mulher, com quem tem um relacionamento. Por volta das 5h da manhã, o suspeito e a mulher discutiram por ciúmes.
6h30 da sexta-feira (13): Kauan estava acompanhado da mãe, que dirigia o veículo, e uma amiga. Os três saíram do bairro Papagaio em direção ao trabalho de Kauan, uma academia no bairro Sobradinho.
A mulher que estava no bar com o atirador saiu do local no carro de um homem. O veículo era parecido com o que era conduzido pela mãe de Kauan.
O suspeito perseguiu o carro conduzido pela mãe de Kauan por acreditar que a companheira estava no veículo. Primeiro ele disparou para cima e, em seguida, atirou em direção ao carro, atingindo a cabeça da vítima.
O suspeito fugiu para um sítio na zona rural da cidade de Pé de Serra, a cerca de 106 km de Feira de Santana. A polícia esteve no local e encontrou a arma que teria sido utilizada no crime.
Kauan teve morte cerebral confirmada após quatro dias internado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
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A polícia tem classificado o suspeito como violento e diz que ele tem passagens por tráfico de drogas e violência doméstica.
“Testemunhas dão conta de que é uma pessoa extremamente violenta e agressiva. Ele tem a prática criminosa constante e reiterada como o seu meio de vida. É uma pessoa que não pode permanecer no convívio social”, detalhou a delegada Lorena Almeida.
Além de Adriano Oliveira Azevedo, a polícia também tem procurado pelo amigo que estava com ele no bar. O trabalho de investigação contou com imagens de câmeras de monitoramento instaladas na Avenida Fraga Maia, e depoimentos de testemunhas.
O inquérito ainda não foi concluído para ser remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).
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Kauan Gomes, de 20 anos, trabalhava em uma academia
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal
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